O Nubank, um dos maiores bancos digitais do Brasil, está enfrentando uma onda de boicotes e cancelamentos de contas após a cofundadora e CEO, Cristina Junqueira, compartilhar um convite para um evento organizado pelo Brasil Paralelo. Aqui, detalhamos a cronologia dos acontecimentos que levaram à atual crise da Nubank, explorando as reações dos clientes e o impacto nas ações do banco. Na noite de segunda-feira (17), Cristina Junqueira publicou um story no Instagram mostrando um convite para o evento “We Who Wrestle With God”, organizado pela Brasil Paralelo, que contaria com a palestra do psicólogo canadense Jordan Peterson. Peterson é conhecido por suas posições conservadoras, antifeministas e anti-LGBT. Logo após a postagem, diversas figuras públicas e internautas reagiram negativamente. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) foi uma das primeiras a comentar, questionando a ligação do Nubank com o Brasil Paralelo. As redes sociais foram inundadas por mensagens de clientes indignados, muitos dos quais ameaçaram fechar suas contas e boicotar o banco.
Sumário
Histórico de crises na Nubank
Não é a primeira vez que Cristina Junqueira e o Nubank enfrentam críticas. Em 2020, durante uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Junqueira causou polêmica ao afirmar que a ausência de pessoas negras em cargos de chefia no banco ocorria porque “não dá para nivelar por baixo” as contratações. Este comentário ressurgiu nas redes sociais, exacerbando a atual crise da Nubank. A situação se agravou quando veio à tona a informação de que Konrad Scorciapino, ex-engenheiro de software do Nubank e atualmente executivo da Brasil Paralelo, teria sido um dos desenvolvedores do aplicativo do banco. Segundo a Agência Pública, Scorciapino é fundador e associado ao 55Chan, um fórum conhecido por disseminar discursos de ódio e antissemitismo. Essa revelação intensificou ainda mais a imagem e crise da Nubank.
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Declarações oficiais
Em resposta à crescente polêmica, Cristina Junqueira negou qualquer vínculo oficial entre o Nubank e a Brasil Paralelo. A assessoria do banco afirmou que “não compactua com opiniões de colaboradores” e que em breve emitiria uma nota oficial sobre o assunto. Até o momento, o Brasil Paralelo não se manifestou. Entretanto, a crise da Nubank rapidamente colocou o Banco entre os tópicos mais comentados no X (antigo Twitter). Clientes e críticos utilizaram a plataforma para expressar suas opiniões e anunciar a intenção de cancelar seus serviços com o banco. Essa movimentação coincidiu com uma queda de 1,18% nas ações da Nu Holdings (NU) na Bolsa de Nova York, fechando em US$ 11,69, o que pode ser um reflexo direto da controvérsia. Nesse sentido, internautas resgataram outro momento em que aparições públicas de Junqueira geraram críticas ao banco. Um usuário refletiu: “Nubank & Brasil Paralelo, Globo & Roberto Campos Neto, Luciano Huck & Tarcísio. Ano eleitoral: a linha tênue entre os “liberais” e a extrema direita vai virando um fiapinho invisível”.
Este artigo Ações do Nubank caem após boicote: entenda crise e ‘cancelamento’, é foi referenciado anteriormente no blog Economic News Brasil – NotÃcias Sobre Economia e Negócios